26 de mai. de 2009

1º ENCONTRO DE BANDA DE ROCK EM CACOAL

No último dia 16, aconteceu em Cacoal o 1º Encontro de Bandas de Rock de Rondônia. O local escolhido para sediar o evento foi a Praça Municipal, que fica bem no centro da cidade. 10 bandas foram selecionadas para tocarem no festival, entre elas, a vencedora do 2º Festival Solaris, a C4. Maria Lindomar, Presidente da Fundação Cultural de Cacoal

O encontro foi organizado por Fernando Meloni, integrante da banda Djow e figura conhecida do pessoal do interior que tenta se movimentar por um rock melhor. Meloni arrumou um ótimo apoio pra fazer os eventos virarem realidade lá em Cacoal. Agora, ele tem como grande parceira a Fundação Cultural de Cacoal, que cedeu toda a (boa) estrutura para a realização do festival. Tá, vamos às bandas.

Nitendo (Ji-Paraná) Cheguei atrasada pro show da Nitendo, mas algumas pessoas me disseram que a banda não se saiu tão bem quanto em sua apresentação no 2º Festival Solaris. Fontes seguras afirmaram que os meninos se atrasaram pra subir ao palco e que a Nitendo não estava preparada para tocar em um palco grande e pra tanta gente. Bom, eu acredito, a banda é formada por gente muito jovem e tenho quase certeza de que o público do 1º Encontro tenha sido o maior que eles enfrentaram até hoje. Não dá nada, eles são novos e tudo é aprendizado (e eu acho a Nitendo divertida hehehe). Ah, vale lembrar que tinha um monte de menininha circulando pela praça com uma faixa na cabeça escrito Nitendo. Molecada arrebatando corações.
DDD 69 (Cacoal)
Banda de Cacoal que apesar de poucas apresentações e uma instabilidade na sua formação, conseguiu fazero publico cantar junto o seu hit "BRAWN", canção muito conhecida na cidade, a banda ainda ariscou um cover de Raul Seixas, que também colocou o público pra pular, banda bacana só falta um pouco mais de seriedade e compromisso.

C4 (Cacoal)Cheguei no comecinho do show da C4. Bom, a banda é iniciante, mas os meninos são esforçados, fizeram um show até bacana. Não gostei do cover da “Umbrella”, foi cover de um cover de uma banda (ruim) chamada Vanilla Sky, As músicas próprias da C4 passam ali pelo emocore, gênero que agradava a pelo menos 40% do público de lá. Tinha bastante gente cantando as músicas da C4, menina se descabelando... coisa linda. No mais, tudo certo. Acredito que com o tempo a C4 fique bem bacana.

Calibre a Gosto (Ji-Paraná)O show da Calibre foi foda! O vocalista, Roni, estava bem à vontade no palco, ficou descalço, tomou choque e tudo. A banda é bem bacana, tá sempre ensaiadinha, tem umas letras violentas e, apesar de em alguns momentos o Roni se perder na letra, o show foi muito bom, chamou todo mundo pra perto do palco e prendeu a atenção do público durante todo o tempo em que eles estavam tocando. Massa mesmo, um dos meus preferidos da noite.

Sam 57 (Cacoal) Outro ótimo show. A banda é formada por músicos antigos e tem como trunfo um vocalista que faz o que quiser com a voz. Eles agradaram desde os headbangers presentes no local até a galera emuxa. Pecaram um pouco pela falta de músicas próprias, mas esse é um problema que também é resolvido com o tempo. A banda é bem boa, ótima pedida pra festivais e afins, legal mesmo.

Kilowatts (Porto Velho) A Kilowatts foi parar em Cacoal pra substituírem a Hey Hey Hey, banda também de PVH e que infelizmente não pôde tocar no festival. Pena, Hey Hey Hey é muito boa.
Falar da Kilowatts é complicado, eles venceram o Projeto Pixinguinha lá em Porto Velho e tal, mas eu não gostei do show. Não sei se todos são como foi o de Cacoal, mas o que rolou lá foi bem fraquinho. Não sei se foi por cansaço, nervosismo, não sei. Quero vê-los no Let’s Go no próximo dia seis aqui em Jipa, daí eu opino com mais propriedade. Por enquanto é isso.

Djow (Cacoal) Cada vez que eu vejo a Djow percebo que o som deles tá mais legal. São músicos experientes e o repertório tem melhorado (hehehe). O Fernando mostra a cada apresentação que está muito confortável no papel de vocalista. De quebra, a Djow emplacou o “Reggae do Teres”. Todo mundo sabe cantar e tem alguma mensagem subliminar nessa letra que faz com que ela não saia da cabeça e você se pegue cantarolando “E aí, diz aí, fala aí qualé que é...” quando você menos esperar. Sério.
Show bom, com direito ao Pacman (apresentador do evento) cantando com o Meloni. Não foi melhor porque, a essa altura do campeonato, boa parte do público já tinha ido embora.

Projeto Bioart (Cacoal)Ouvi dizer que a Bioart é fruto de um trabalho de conclusão de curso de um pessoal que fez Biologia (dã). Se for mesmo, já ganharam vários pontos comigo pelo quesito inovação (só quem fez um tcc sabe como aquilo de pesquisar, fichar, fazer slide e o cacete é maçante). A Bioart é muito legal, fazem um som pop com letras um tanto ingênuas, mas que passam mensagens interessantes a respeito da relação descuidada que nós temos com a natureza (não pode jogar sal no sapo, só na salada). Gostei da banda, gostei da intenção de educar que existe em todas as músicas e acho que é bem mais fácil pra molecada aprender biologia pela música do que pelos livros. Se eu fosse diretora de escola ou qualquer coisa do gênero, com certeza levaria a Bioart até os meus alunos. Foi a que mais me surpreendeu na noite. Só uma observação: tem que dar uma revisada no quesito “gramática” das letras. Tinha concordância verbal errada que eu ouvi.
Tatudikixuti (Ji-Paraná)
A Tatu tá bem legal, passou por diversas mudanças e dificuldades nos últimos tempos, mas voltou muito bem estruturada. As letras estão ótimas, o vocalista Rafael Frajola está mais raivoso do que nunca em cima do palco e a TDK botou todo mundo pra cima com o seu show. O problema que rolou com a Tatu também foi o público pequeno, uma pena. Muita gente perdeu de ver um ótimo show.

Nova Era (Cacoal) Músicos bons, vocalista bom, banda massa, pesada, mas mandaram uma seqüência de Raimundos desnecessária. Parecia tributo. O vocalista da Sam 57 cantou “My Own Summer” do Deftones junto com eles e foi assustador, o cara puxa voz não sei de onde, massa mesmo!!! O baixista da Nova Era também canta e mandou a Bulls on Parade do Rage Against the Machine muito bem executado.
A Nova Era é legal, mas não fez uma melhor apresentação por causa do repertório repetitivo. Espero vê-los de novo, com músicas próprias e um show melhor planejado.

Enmou (Vilhena) Primeiro show da Enmou que eu vi. Tinha pouquíssima gente a essa hora (era beeem tarde), eu ouvi o pessoal da banda reclamando que fulano atravessou e não sei o quê, mas eu achei o show foda, muito bom! A Enmou faz um punkzão foda e é sinônimo de neguinho se acabando em rodinha punk. Tinha gente cantando as músicas deles por lá e pedindo mais uma o tempo todo. Outra banda que quero ver em outra oportunidade e se apresentando para um público maior. Fora que os caras são muito gente boa!

Ok. No domingo, após o festival, ia rolar uma reunião de coletivos, mas aconteceram vários desencontros e a reunião, que era pra ter acontecido às dez da manhã no Complexo Musical Solaris, acabou acontecendo depois do meio-dia. Tinha gente do Interior Alternativo (um dos colaboradores do encontro) e do Vilhena Rock, mas era pouca gente e o pessoal de Vilhena tinha que ir pra casa, coisa e tal... A reunião foi boa, mas não saiu nada realmente decidido de lá. Foram discutidos pontos como formalização de coletivos, estratégias em relação a público, mapeamento cultural... Nada de que eu entenda então eu paro por aqui. No mais, a reunião foi bacana e um tanto informativa, apesar da curta duração. Quem estiver interessado em ajudar a cultura independente deveria se informar a respeito dessas reuniões e participar sempre que possível.

O 1º Encontro de Bandas de Rock de Rondônia foi muito bom e só pecou na questão do número de bandas. O festival acabou ficando longo demais e as últimas bandas a subirem no palco se depararam com um público já cansado e escasso. Não tenho um número certo sobre o público, mas li no blog do Nettü que ele fez uma estimativa de 1.500 pessoas, pra mais. Boto fé, todo o espaço reservado para o evento lotou de gente. O 1º Encontro serviu também pra mostrar que o povo do rock é organizado e de confiança, é só dar uma chance que sai coisa boa.


Samira Lima

Um comentário:

jack fernandes disse...

aew sou aqui de porto velho tenho uma banda chamada sinal aberto .queria saber a respeito dos festivais que ainda vao acontecer ,como escrevo minha banda se dé por fovor m responde esse .deixa um recado la no meu orkut blz [jack-black.com@hotmail.com]so pra constar a banda kilowatts se apresentou aqui tembem nao gostei muito nao faltou atitude nao é critica e so a verdade.